O socialista Marques Pereira perguntou esta sexta-feira à noite à bancada do PSD: «quem apoia este executivo?» (da Câmara de Aveiro) e Pires da Rosa, também da bancada do PS, disse que o presidente da autarquia, Élio Maia, «foi muito mal tratado».

As declarações foram feitas a propósito do recente apoio de alguns membros da bancada do PSD, incluindo o líder Manuel Coimbra – esta noite ausente na reunião - à candidatura de Ribau Esteves à Câmara de Aveiro, nas próximas autárquicas, em detrimento do apoio a uma recandidatura de Élio Maia.

Segundo Marques Pereira, Élio Maia «não é sustentado por metade da bancada do PSD». Por isso sugeriu que seja dividida a bancada do PSD, entre «os que apoiam e os que viram as costas» a Élio Maia. Disse ainda existir uma «dupla fação que quer tomar uma posição diferente da que tomaram ao longo dos últimos 7 anos, uma absoluta incoerência».

Perante o apoio a Ribau Esteves, Pires da Rosa conclui que Élio Maia «merecia, pelo menos do PSD, outro tipo de tratamento».

Pires da Rosa, da mesma bancada, diz que Élio Maia demonstra uma «calma olímpica» mas também disse que «esta instabilidade política tem de ser esclarecida».

O socialista Gonçalo Fonseca diz que Élio Maia «perdeu as primárias do PSD». Mas Élio Maia recebeu o apoio do presidente da Junta de S. Jacinto Rui Vaz, eleito pela coligação PSD/CDS. Uma «declaração de amor», segundo João Pedro Dias, do Bloco de Esquerda. O líder da autarquia acabou por devolver o elogio: Rui Vaz «é o presidente da Junta ideal ». Mas a socialista Romana Fragateiro, presidente da Junta de Esgueira, questionou como há obra em S. Jacinto e não há em Esgueira.

Sobre o CDS, Marques Pereira diz que é uma «apagada e vil tristeza nada se sabe, e sobre a líder da concelhia do partido, uma «inexistência política».

A resposta às intervenções do PS foi dada por Manuel Prior, do PSD. Um partido que tem a responsabilidade de «indicar o candidato, enquanto no PS é conforme os decibéis». A bancada do CDS não respondeu.