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Mau tempo com «efeitos nefastos» na Mata do Buçaco
2013/01/22

O mau tempo teve «efeitos nefastos» na Mata Nacional do Buçaco, «tanto ao nível do património natural, como do património construído. A avaliação dos estragos pela Fundação Mata do Buçaco encontra-se em curso e prosseguirá ao longo dos próximos dias, dada a sua dimensão, segundo comunicado da Fundação Mata do Buçaco.

O reconhecimento da zona verificou 10 dos 105 hectares de área da mata e os danos apurados são já considerados «da maior gravidade: entre muitos outros igualmente centenários, o cedro-do-Bussaco, mais antigo do país, cedro de São José (de 1644 ou mesmo anterior), apresenta agora apenas uma das suas ramadas; as restantes, tombadas sobre a Ermida de São José, destruíram por completo este importante elemento do património religioso da Mata».

O comunicado refere-se ainda à destruição de «duas das capelas dos Passos da Via Sacra construída pelos Carmelitas, assim como o Pretório e Varanda de Pilatos, sob as quais tombaram cedros centenários».

Há também estragos na cobertura e telhado das antigas Garagens do Palace Hotel.

As equipas da Fundação encontra-se no terreno para restabelecer as principais vias de acesso e infraestruturas de apoio. A tarefa prioritária é a desobstrução de caminhos e trilhos.

A Fundação apela à solidariedade de empresas e população que estejam disponíveis para colaborar na recuperação de uma património que é único e é visitado por cerca de 200 mil visitantes por ano.

INFO Fundação «A Mata Nacional integra no seu espaço uma Via Sacra com configuração única a nível mundial, construída pelos Carmelitas há mais de quatro séculos. A par com património mais recente como o Palace Hotel, jardins, Vale dos Fetos e uma coleção dendrológica com mais de 150 árvores centenárias provenientes das mais diversas regiões do globo, é também aqui que subsiste uma mancha de um habitat único na Europa, o adernal, para a conservação do qual a União Europeia aprovou em 2010 um projeto demonstrativo de cerca de 3 milhões de euros, cerca de 2/3 do financiamento comunitário atribuído a Portugal naquele ano.

As intervenções que desde 2010 se têm promovido na conservação do património natural da Mata há muito careciam da correspondente intervenção, que vinha sendo sucessivamente adiada por indisponibilidade de meios, ao nível do património construído. Agora, e por via desta intempérie - cujos resultados são comparáveis ou mesmo superiores aos do temporal que há algumas décadas assolou a Mata, arrasando com milhares de árvores - a Fundação reforça que a atenção para a recuperação do património construído tem claramente de ser reforçada, no sentido de minimizar os estragos.

Apesar dos meios exíguos, a Fundação espera a partir de quarta-feira reabrir portas à visita de público, no sentido de assegurar tanto quanto antes a entrada de visitantes que constituem, desde a sua criação, a principal fonte de receita para todos os trabalhos que têm vindo a ser executados. Na sequência dos alertas e contactos estabelecidos com as mais diversas instituições espera-se igualmente, a breve prazo, começar a contar com a colaboração e apoio para as necessidades extra que agora se colocaram».

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