O ex-presidente do Beira-Mar, Mano Nunes, revela no Facebook que é arguido no caso das venda das piscinas, notificado pela Polícia Judiciária de Aveiro por suspeitas da «prática do crime de burla qualificada». Segundo aquela Polícia, na sequência da celebração de um contrato de aquisição de compra e venda de um terreno situado em Aveiro”, usou um «artifício fraudulento» e apropriou-se «ilicitamente de cerca de um milhão de euros, correspondente ao preço do mencionado terreno».
«Antes que se faça um alarido sobre o assunto, informo que fui constituído arguido no processo das piscinas e aguardo que me sejam instauradas medidas de coação», escreve na sua conta da rede social.

No texto que escreve critica a difusão do comunicado da PJ. «Pensava eu que estes assuntos se resolviam na esfera dos tribunais mas, a avaliar pelo comunicado de hoje, parece que lamentavelmente a Polícia Judiciária gosta de tratar destes assuntos na comunicação social».
Mano Nunes diz ainda que desconhece do que é indiciado. «Ainda não sei ao certo do que estou indiciado, mas já manifestei a minha total disponibilidade para prestar todos os esclarecimentos à justiça». De resto diz não temer a Justiça. «Estou de consciência tranquila, pois como todos os que me conhecem sabem, não beneficiei absolutamente nada com esse negócio, o qual só se realizou porque era indispensável para a sobrevivência imediata do Beira-Mar».

Revela que atualmente está a pagar dívidas ao Beira-Mar. «Ainda hoje estou a pagar à banca, do meu bolso, uma dívida do clube desse tempo. A partir de agora, não poderei tecer mais comentários publicamente, mas não permitirei que ponham em causa o meu bom-nome por causa deste assunto».