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Junta acusa presidentes de se «venderem»
2012/10/16

Os presidentes de juntas de freguesia estiveram no centro da reunião da Assembleia Municipal de Aveiro desta segunda-feira à noite, que aprovou uma proposta de agregação de freguesias, contra a posição da Câmara, que é favorável à manutenção daquelas autarquias, e terminou com graves acusações do autarca da Vera Cruz.

Após a votação de uma proposta das Comissões Políticas Concelhias do PSD e do CDS, que reduz a 10 as 14 freguesias, que recebeu votos favoráveis de presidentes de Junta cujas assembleias de freguesia se posicionaram contra, alinhando com a proposta partidária, o socialista João Barbosa, presidente da Junta da Vera Cruz, acusou outros presidentes de se ‘venderem’.

«Quando os presidentes se vendem não têm dignidade, sei que alguns se venderam porque me disseram, votaram com a consciência ferida, é os medíocres que temos a defender as freguesias e o povo. Não dignificamos a assembleia … tenham vergonha».

Embora grave, a acusação não mereceu qualquer resposta dos autarcas visados. Sem citar as freguesias em causa, dizia respeito a Aradas, S. Bernardo, Eixo, Nªa Senhora de Fátima, freguesias, cujos presidentes votaram a favor da proposta das concelhias do PSD e do CDS e contra a posição assumida em Assembleia de Freguesia, que se posicionaram desfavoráveis à agregação de freguesias.

Votaram contra a proposta do PSD e do CDS, os presidentes das Juntas de Nariz (CDS), Oliveirinha (PSD), Requeixo (PSD) e Glória (PSD) e a favor as restantes.

Esta proposta do PSD e CDS, os dois partidos da coligação que apoiam o Executivo teve ainda outra leitura. Trata-se de uma proposta contrária ao executivo, já assumida pelo presidente Élio Maia, que defende a manutenção do atual mapa concelhio. Nuno Marques Pereira, do PS, disse que a proposta contrária à posição do Executivo, é «uma maldade dos partidos coligação, tira o tapete ao presidente da Câmara e aos vereadores e colocam a nu a falta de solidariedade entre presidente de Junta». Ou, como disse Filipe Guerra, do PCP, as bancadas do PSD e CDS estão num estado de «total isolamento político»

Também neste ponto não houve resposta porque o Executivo não se pronunciou durante toda a reunião da Assembleia.

Para o PSD, o cenário é diferente. Além de «cumprir a lei», a agregação de freguesias permite segundo o líder da bancada, Manuel Coimbra, promover a «distribuição equitativa dos equipamentos públicos, bens e acessibilidades». A proposta dos dois partidos ressalva que apoia a agregação se a reforma administrativa se aplicar em simultâneo em todo o território nacional. Na mesma bancada, O líder da Junta da Glória, Fernando Marques, disse que uma mudança através da agregação trará «mais burocracia» e as autarquia ficarão «mais distantes dos cidadãos».

Ivar Corceiro, do Bloco de Esquerda, criticou o facto de se tratar de uma proposta feita «nas costas» da população e de forma «errada», sendo «problemática». De resto vê na reforma, uma maneira do PSD e CDS «chegarem ao poder».

No CDS, a opinião dividiu-se entre Paulo Marques que vê vantagem na possibilidade de escolher a agregação e não ficar perante uma imposição, enquanto Carlos Barros não acredita que a reforma seja implementada.

Segundo a proposta do PSD e CDS, manter-se-ão as freguesias de Aradas. S. Jacinto, Esgueira, Cacia, Santa Joana, S. Bernardo e Oliveirinha e serão agregadas Glória e Vera Cruz; Eirol e Eixo, e o grupo de Nariz, Requeixo e Nossa Senhora de Fátima.

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