Uma descoberta de investigadores do Departamento de Química da Universidade de Aveiro revelou que a ultracongelação dos ovos moles a 40 graus negativos mantém o sabor inicial, não perde as características e não é nocivo para a saúde durante cerca de quatro meses.

O comunicado conclui que a descoberta permitirá aumentar a produção e, naturalmente, «o número de postos de trabalho entre os 36 associados da Associação de Produtores de Ovos Moles de Aveiro (APOMA), através da comercialização no mercado externo uma vez que aumenta o prazo de validade de 15 dias para 4 meses.

Em 2011 estes produziram cerca de 200 toneladas de ovos-moles.

O grupo de investigadores é coordenado pelo docente Manuel Coimbra. São abertas «as portas a que os ovos-moles possam ser comercializados no mercado externo, um negócio até agora proibido face aos actuais 15 dias de validade do produto».

O estudo foi encomendado à UA pela APOMA com o objectivo de internacionalizar o produto.

«Em termos microbiológicos e de análise sensorial não há problema nenhum com a congelação dos doces pois não há alteração dos seus componentes químicos», garante Manuel Coimbra.

Os ovos-moles são feitos à base de gema de ovo e estão certificados pela União Europeia com Indicação Geográfica Protegida.