2009/09/09 A Comissão Administrativa do Beira-Mar, constituída por Mano Nunes, Nuno Barata, Emídio Martins, António Cruz e Jorge Santos, apresentou o pedido de demissão dos seus membros ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, reafirmando o pedido de demissão apresentado pelo Presidente da Comissão Administrativa, Mano Nunes, no passado dia 7 de Agosto, o qual não foi aceite na altura. O comunicado publicado no site do clube anuncia a demissão não explica as razões. «Na missiva que dirigimos ao Sr. Presidente da Mesa da Assembleia Geral, manifestamos a nossa desilusão pelo não aparecimento de qualquer lista candidata ao acto eleitoral que estava marcado para o dia 19 de Setembro e as razões que nos impossibilitam de continuar a dirigir os destinos do Clube».
Mas o texto refere que a Comissão «reduziu ao máximo os custos associados à actividade do Clube» e conseguiu amortizar «cerca de 1 milhão de euros de compromissos herdados da anterior gestão, a qual deixou o Clube completamente insolvente e com vários meses de salários em atraso a jogadores e funcionários».
Conseguiu ainda «que o Clube desenvolvesse a sua actividade durante a época desportiva 2008-2009 tendo, inclusivamente, aprovado a constituição de três novas modalidades, bem como, desenvolvido um conjunto de projectos e iniciativas de carácter social que procuraram aproximar o SC Beira-Mar da sua comunidade».
Mas deparou-se, «além das dificuldades que já seriam de esperar devido à conhecida situação do Clube, o desfecho desfavorável de processos que se encontravam em contencioso, com penhoras sobre o património e créditos do Clube, movidas precisamente pelos ex-dirigentes que muito contribuíram para a situação precária que é do conhecimento público e, ainda, com um processo moroso de implementação do Protocolo com o Município que obrigou o Presidente da Comissão Administrativa a financiar o Clube durante esse período».
O comunicado do clube diz que «hoje o Beira-Mar é um Clube com os salários em dia».
Mas continuam dificuldades, «decorrentes da implementação do Protocolo assinado com a Câmara Municipal de Aveiro, entidade da qual o SC Beira-Mar continua credor, não permitem que o Clube se encontre a salvo».
Mas os demissionários dizem ainda que foram «dados passos seguros no sentido da sua recuperação, a qual poderá ser prosseguida com a continuação de uma gestão séria, adequada à realidade do Clube, e com uma postura negocial relativamente à edilidade que viabilize o cumprimento dos pressupostos inscritos no aludido Protocolo».
Mas lamentam que a falta de colaboração de «todos aqueles que, em primeira instância, deviam defender o Clube e pugnar pela sua viabilidade, até para defesa dos seus interesses pessoais (...) actos que visaram, no fundo, dificultar a nossa gestão para que a mesma não fosse coroada de êxito, assim como, o aproveitamento da débil situação do Clube como arma de arremesso político-partidário».
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