Quinta-feira, 25 de Abril de 2024  Aveiro   
 
Recomende este site
DesportoAveiro
 Notícias Anteriores:  últimos 7 dias  |  últimos 30 dias  |  anteriores
«Processo foi levantado para prejudicar»
2009/08/25

O presidente da Câmara de Aveiro, Élio Maia, disse esta terça-feira em conferência de imprensa que o «processo foi levantado para prejudicar» a campanha da sua recandidatura à Câmara de Aveiro, explicando assim a dimensão que atingiu o negócio da venda dos terrenos das piscinas ao Beira-Mar, que está a merecer uma investigação da Polícia Judiciária de Aveiro.

Para Élio Maia, só assim se pode explicar a dimensão da polémica, uma vez que o processo foi «amplamente discutido» e o valor 1,283 Milhões já foi estabelecido o ano passado.

Sobre quem pretende prejudicar a coligação PSD-CDS-PP não fez uma acusação directa mas dirigiu-se aos que classificaram o negócio de «nebuloso», neste caso, a candidatura do PS à Câmara, liderada José Costa.

Esta segunda-feira à noite, em reunião do Executivo camarário, foi apresentado um relatório sobre os passos dados na venda do terreno até ao momento em que, nesta altura, a autarquia ainda aguarda informações sobre «quem» e «quando» foi revogado o cheque do Beira-Mar, de 1,283 milhões de euros sem cobertura bancária.
Na mesma noite, foi noticiado (Correio da Manhã) que a Polícia Judiciária se encontrava a investigar o caso, o que Élio Maia desconhecia, oficialmente, estar a acontecer até ler o jornal. Contudo, mesmo sem ser contactado pela PJ irá fazer chegar o processo àquela Polícia.

Quando a Câmara obtiver as informações sobre o cheque, a Câmara poderá ou não avançar com um processo em Tribunal contra os dirigentes do clube e anular o negócio. Se, entretanto, o Beira-Mar pagar o terreno, o negócio concretiza-se.

Na conferência de imprensa, Élio Maia disse que recebeu «com alegria» a notícia da investigação da PJ, mas lamenta as referências ao envolvimento de um alegado primo seu no negócio. Élio mais tem 15 primos mas «nenhum», como confirmou, está ligado à venda e compra de terrenos ou de negócios imobiliários.

Explicou que a venda foi feita apenas em finais de Julho, devido ao atraso no processo, assim como não vê qualquer problema no facto da autarquia vender por 1,283 e o clube ter conseguido vendê-lo por 2,5 milhões. «É evidente que o Beira-Mar tem de ter mais-valias depois de ter prescindido do cumprimento de protocolos subscritos pela Câmara».

Sobre o facto da Câmara não fazer questão de integrar na escritura de compra e venda o pedido para que o cheque apenas fosse descontado uma semana mais tarde (embora se verificasse que não tinha cobertura), Élio Maia disse que acreditou na «boa-fé das pessoas».

Sobre a escritura, a um sábado à noite, Élio Maia diz que se deveu ao facto de não poder estar presente no dia anterior às 12 horas e não foi na segunda-feira seguinte porque um dos dirigentes iria partir de férias.

Cartas anónimas
Élio Maia não convive apenas com candidaturas adversárias que actuam para «prejudicar» a coligação PSD-CDS-PP.

Diz ter recebido «cartas e telefonemas anónimos» o que não lhe tem sido «fácil enfrentar», atingindo também a sua mulher e filho. Aliás, antes deste período próximo das eleições, avisou a família: «preparem-se».

Quanto à intervenção da Polícia Judiciária disse que «não é nada que não seja habitual». Aliás, da última vez que esteve na Judiciária, por causa de uma carta anónima, despediu-se com um «…então até breve».

Enviar por email  Imprimir
O cravo da Câmara
Questionário
Sim
Não


 Home  | Aveiro  | Negócios  | Desportos  | Agenda  | Fora de Casa 

hosting e produção Digitalwind