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Aulas com alunos ao pó
2008/04/16

Numa sala do terceiro ano da Escola do 1.º Ciclo da Vera Cruz, em Aveiro, há um pó no ar que provém do chão de cimento, que ficou descoberto pela destruição do piso, noticia o Diário de Aveiro.

«A zona em que o piso ficou descoberto impede a utilização de uma das secretárias havendo, assim, outra que tem de servir para três alunos.
Trata-se de um problema do ano lectivo anterior e a professora, Elisa Marques, confessa ao Diário de Aveiro que «custa trabalhar nesta situação; é muito desagradável e tem vindo a agravar-se».

Sendo uma área que não pode ser usada, a solução foi deslocar as secretárias para um dos lados da sala, diminuindo assim o espaço disponível. O presidente da Associação de Pais, Fernando Pereira, reconhece o esforço da professora, «colocando as crianças a um canto, mas é inútil, o problema está à entrada da sala e o pó levanta». Uma obra de reparação é «urgente, porque inalar aquele pó é gravíssimo para a saúde».

Questionada pelo Diário de Aveiro, a coordenadora da escola, Joaquina Mourato, confirmou que a situação «se arrasta há muito e até agora não se resolveu», mas adianta que não vai desistir. Se fosse «responsável directivo não haveria aulas até estar resolvido». Mas, as aulas continuavam, ontem, sem poder abrir janelas – apenas as superiores concedem uma frincha para a circulação do ar – e sem conhecimento de quando a situação se vai alterar.

A Câmara, através do Gabinete de Imprensa, disse ontem ao Diário de Aveiro que «o assunto não se encontra parado e está com o Agrupamento de Escolas para ver quando se pode intervir». Será um trabalho que demorará «um mês», contando com a reparação do tecto de outra sala.

Depois das visitas de duas equipas, a associação aguarda «que a Câmara faça algo. Vão à escola, tiram medidas mas não fazem nada». Na autarquia, Fernando Pereira diz que são «recebidos com agressividade, maltratados e colocados de parte». Depois de reunir com técnicos ao nível de Divisão, a associação só aceita reunir com o vereador do pelouro ou o presidente da Câmara que, acredita, «não têm conhecimento do problema». Já fizeram «tantas solicitações, envio de e-mails, mas um dos responsáveis diz que o correio electrónico é filtrado e a Câmara não é sensível aos pedidos», diz o presidente da Associação. Além do problema «de saúde» – há crianças na sala com bronquite asmática –, o que indigna é a falta de obras.

A manutenção nas salas parece difícil, os pais estão «tristes, cansados e envergonhados». Estabelecendo comparações, o mesmo diz que bastariam 20 bilhetes do Teatro Aveirense para reparar o chão e contesta a prioridade de atribuir 150 mil euros para o futebol profissional e as crianças «não terem 150 euros para reparar o chão e não é preciso tanto».

O problema deve-se a uma inundação e, segundo Fernando Pereira, se a Câmara foi ressarcida através de seguro, devia usar a verba que recebeu». Diz ainda que há pais na disposição de enviar fotos «para o Ministério Público avaliar; os responsáveis políticos deviam responder a instâncias superiores pelos seus actos». noticia não acessível on line

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