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As espinhas na garganta de Aveiro
2008/03/28

Se for necessário tirar uma espinha de peixe entalada na garganta de alguém, o Hospital de Aveiro não será capaz de resolver o problema ao paciente, que terá de se deslocar a Coimbra. A questão foi expressa na noite desta quinta-feira por Ribau Esteves, o social-democrata presidente da Câmara de Ílhavo e da Associação de Municípios da Ria (AMRia), um dos convidados para a conferência sobre o tema «Que futuro para uma região tão multifacetada», no âmbito das comemorações dos 120 anos do Jornal de Notícias.

O exemplo foi dado apenas para mostrar ao limite da capacidade dos níveis de cuidados de saúde da região do Baixo Vouga mas serve de imagem para mostrar alguns os pontos que a região precisa de melhorar

Ribau Esteves participou na conferência com Alberto Souto, ex-presidente da Câmara de Aveiro, socialista, convidado para o encontro com o autarca ilhavense, dois anos depois de um período em que conviveram enquanto autarcas e líderes partidários, em campos opostos.

A conferência propunha um debate que proporcionasse ideias sobre um melhor futuro para a região e houve, pelo menos, um consenso no que respeita ao valor que o Baixo Vouga pode obter através de abordagens intermunicipais, numa concertação institucional», como disse Ribau Esteves e antecipando soluções. Eduardo Anselmo, um dos responsáveis do PROT e docente universitário, defendeu o alargamento da cooperação institucional aos que têm «voz activa» para partilhar o que vai ser daqui por 10 anos. Traçou um cenário de futuro dizendo que a aposta dever ser feita no «que vai ser importante daqui por dez anos». Destacou um sector para o qual devia ser dirigido um investimento relevante, na saúde, em que a região poderia diferenciar-se.

O acesso a fundos comunitários, a capacidade de influenciar decisões junto do Governo, foram consideradas peças-chave para o futuro da região.

A Ria de Aveiro também juntou os autarcas que estiveram oito anos separados politicamente e os dois mostraram-se desanimados com o rumo. Foi anunciado um programa de intervenção do tipo Polis mas pouco foi conseguido para travar as consequência da ausência de uma gestão integrada.

Diferente de Alberto Souto, para quem a estação em Aveiro do TGV é «crucial» Ribau Esteves diz que lutar por isso é alimentar uma «absurda e velha disputa bairrista». Alberto Souto lamentou o facto de, sobre o projecto do TGV, «não se conhecerem dados, a não ser a RAVE a e uma ou duas pessoas na Câmara de Aveiro»

Também têm opiniões diferentes na extinção das Juntas de Freguesia, como defende Ribau Esteves, embora mantendo «vereadores de bairro» na Câmara, mas é favorável à regionalização do país, enquanto que Alberto Souto diz que a criação de regiões é um «luxo da civilização», e quanto ao fim das autarquias, não vale a pena pelo «tumultos» sociais que a mudança provocaria.

Paulo Nordeste ex-presidente Executivo da PT Inovação,novo embaixador do grupo PT para a inovação, disse que Aveiro devia «ter como bandeira a inovação», que para Ribau Esteves não seria uma novidade. Para Paulo Nordeste nem é tão importante a cobertura da região por infra-estruturas como a banda larga mas a capacidade de produzir equipamentos «para exportar». Alberto Souto enumerou uma série de sectores a investir mas Paulo Nordeste disse que se deveria ser feita uma selecção das «áreas âncora de grande desenvolvimento com provas dadas».

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