No dia em que os trabalhadores da empresa municipal Moveaveiro encerraram mais uma semana de greve, participaram, à noite, na reunião da Assembleia Municipal de Aveiro para reivindicar a negociação do acordo de empresa e insistiram com o Conselho de Administração, presidida pelo vereador Pedro Ferreira, para assumir os pontos que já foram acordados pelas partes.

Contudo, o vereador não respondeu à questão, nem quanto a salários que têm sido pagos com atraso, enquanto mantém a contra-proposta apresentada, desligada da matéria já acordada, mas disse que a Câmara está «sempre disposta a negociar».

Valorizou a relação com o SINTAP com o qual tem um calendário de negociações acordado em detrimento do STAL. Mas o dirigente Francisco Brás disse que o sindicato mais representativo é o STAL.

A privatização ou a concessão da Moveaveiro é um cenário de novo assinalado para a empresa. Desafiado pelo socialista Pires da Rosa a pronunciar-se quanto à privatização e remunicipalização, o líder da bancada do PSD Manuel Coimbra disse que admite todos os cenários».

A privatização é a solução apontada para a situação financeira da empresa mas o socialista Raul Martins disse «a Moveaveiro não tem de dar prejuízo se tiver pessoas competentes que saibam gerir».

Neste ponto, acrescentou que as pessoas colocadas a trabalhar na Moveaveiro, não entraram segundo «critérios de competências, mas por outros».

O socialista explorou ainda o facto de uma transferência de 150 mil euros da Câmara para o Beira-Mar, para pagamento de dívidas, ser feito numa altura em os trabalhadores da Moveaveiro exigiam o pagamento de salários.