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PS: há «promiscuidade» entre Câmara e Beira-Mar
2007/12/09

O presidente da Comissão Política Concelhia de Aveiro do PS, Raul Martins, disse este domingo em conferência de imprensa, que o problema entre a Câmara e o Beira-Mar, por causa do pagamento de uma dívida que o clube reclama, «nasce quando Élio Maia (presidente da autarquia) decidiu incluir na sua lista vários elementos da direcção do Beira-Mar, numa total promiscuidade entre política e futebol, não se sabe exactamente onde acaba a Câmara e começa o Beira-Mar».

Depois, «é a partir daí, que outras questões nascem», segundo o líder da concelhia do PS.

Élio Maia, segundo Raul Martins, «sabia que ao escolher directores do Beira-Mar, mais tarde ou mais cedo se defrontaria com estes problemas».

O vereador Marques Pereira acrescentou que no início do mandato, o PS «chamou à atenção pelas confusões e trapalhadas que seriam provocadas por esta dualidade». Sobre Caetano Alves, presidente adjunto da direcção do Beira-Mar, que anunciou estar com o mandato suspenso, o vereador disse não se sabe «se está como presidente adjunto como parece» e Capão Filipe «às vezes a defender o interesse que não parece ser os da Câmara».

Na lista da coligação, Capão Filipe suspendeu o cargo em Junho de 2006, Jorge Greno, do Conselho Fiscal do clube, renunciou, e está com om mandato suspenso na vereação, e Caetano Alves, suspendeu de presidente adjunto em finais de Novembro último.

Raul Martins aborda a actuação de Capão Filipe e de Caetano Alves. «É perfeitamente legítimo que o Dr. Capão Filipe tente resolver o problema financeiro em que o seu pai (Artur Filipe) se meteu, enquanto presidente do Beira-Mar. É perfeitamente legítimo que o Dr. Caetano Alves tente resolver os seus problemas financeiros, avais, que aceitou, enquanto dirigente do Beira-Mar. Não é perfeitamente legítimo que o façam à custa do erário municipal. Será estultícia pensarem que vai ser o PS a resolver o problema que foram eles que criaram».

Não há uma solução à vista para pagamento da dívida ao Beira-Mar, cujo valor tem sido apontado na ordem dos 1,5 milhões de euros, devido a protocolos por cumprir, mas que, segundo o vereador Marques Pereira, Élio Maia transmitiu que seriam 4,3 milhões, segundo um documento entregue pelo Beira-Mar à autarquia.

A Câmara tentou por duas vezes, sem o conseguir, aprovar a cedência de um terreno que serviria para pagamento da dívida. Na segunda tentativa, os socialistas abandonaram a sala da reunião do Executivo.

Em comunicado, o CDS-PP disse que o PS foi «perturbador na normalidade democrática» mas os socialistas respondem que houve um momento em que a Câmara «não assegurou a maioria», pelo abandono de Caetano Alves da mesa da reunião, e para o PS, fizeram «batota».

Para o pagamento da dívida, o PS quer saber «qual é o valor» e se os protocolos «estão em vigor». Há ainda um «problema subjacente, é ilegal subsidiar o desporto profissional e o PS pretende saber se o protocolo «prefigura subsídio encapotado».

O PS diz que «existem condições» para pagar em dinheiro, lembrando que a Assembleia Municipal aprovou um financiamento, de 58 milhões, para resolver dívidas de curto prazo». Defendem um pagamento «em dinheiro e não em espécie, assim ninguém fica prejudicado»., disse Raul Martins.

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