Quarta-feira, 8 de Maio de 2024  Aveiro   
 
Recomende este site
DesportoAveiro
 Notícias Anteriores:  últimos 7 dias  |  últimos 30 dias  |  anteriores
PS não vota, à excepção do líder
2007/11/24

À excepção do líder, Carlos Candal, os restantes elementos da bancada do PS na Assembleia Municipal de Aveiro, abandonaram o lugar, esta sexta-feira à noite, no momento da votação da constituição da Sociedade Comercial, numa parceria público-privada para a construção, ampliação, instalação e conservação de escolas, a abertura do concurso público para escolha do privado desafectação do Domínio Público Privado do Município das parcelas de terreno afectas à construção de quatro parques de estacionamento, três dos quais subterrâneos.

Mesmo a votação de Carlos Candal esteve por um fio mas a presidente da Mesa, Regina Bastos, perante a recusa do socialista, numa primeira fase, avisou que se mantivesse a posição a votação seria anulada. Disse ainda que a recusa do voto é um sinal de quem «não se conforma com as regras de democracia». Candal alegou que «perante o abuso da maioria e as consequências tremendamente gravosas, o PS não tem outra forma de reclamar». Regina Bastos ainda disse mais sobre a atitude de Carlos Candal, mas acabou por «retirar o que disse».

A parceria público privada implica um parceiro privado para a Câmara, que permitirá a construção de 13 escolas, a remodelação de outras 13, um encargo que o privado assumirá e que obterá rendimentos através da exploração de quatro parques de estacionamento.

O presidente da Câmara, Élio Maia, disse que com ponderação, cautela e vontade de cumprir». A grande mais valia é a manutenção, segundo o vereador Pedro Ferreira que garantiu que a «sociedade com o privado é auto-sustentável» e sobre acesso ao QREN, a Câmara espera que a sociedade possa apresentar candidaturas aos fundos comunitários.

A parceria é a forma da autarquia financiar a operação, uma vez que não dispõe de meios para isso. O PS contrariou dizendo que a autarquia tem acesso a fundos comunitários que podia concorrer sem entregar a construção e a propriedade das escolas a um privado.

«A educação não é um negócio», reclamou Nelson Peralta, do BE, que classificou de «capitalismo rentista que iliba o privado de risco» e para António Regala, do PCP, trata-se da demissão das responsabilidades da Câmara na educação mas para Manuel Coimbra, do PSD, é um forma a Câmara «cumprir imediatamente a Carta Educativa».

Os socialistas foram os mais críticos da parceria em curso. Raul Martins disse que se trata de uma proposta «caricata, prejudicial e altamente lesiva» e João Pedroso disse que há ilegalidades, na forma , na localização, urbanística, da constituição da sociedade e do pagamento das rendas» e Pires da Rosa disse que se trata de um «negócio estranho».

Para Miguel Fernandes, as críticas são uma «visão curta e limitada pela fobia dos privados».

Enviar por email  Imprimir
O cravo da Câmara
Questionário
Sim
Não


 Home  | Aveiro  | Negócios  | Desportos  | Agenda  | Fora de Casa 

hosting e produção Digitalwind