2007/11/20 São 600 as crianças do distrito de Aveiro, até aos 10 anos de idade, de 19 escolas do ensino público e privado, entre creches, jardim-de-infância e 1º ciclo, de ambientes rurais e urbanos, que irão participar num projecto de saúde pioneiro em Portugal, promovido pela Universidade de Aveiro, para identificar crianças doenças alérgicas.
A Universidade espera identificar cerca de 25% de crianças com problemas alérgicos, das quais 1 a 2% sofrerão de problemas graves, derivados de alergias alimentares, medicamentosas ou outras. Segundo os últimos estudos publicados, «cerca de 40% da população jovem portuguesa sofre de rinite alérgica e 12% de asma, tendo estes valores aumentado substancialmente nos últimos anos, o que implica inúmeras alterações no dia-a-dia destas crianças e pais».
A apresentação do Projecto do Alérgico Individualizado (PAI), que visa identificar crianças com doenças alérgicas, é uma iniciativa dos Departamentos de Ciências da Educação e Didáctica e Tecnologia Educativa da UA, em parceria com a Associação Ambiente e Alergias para a Promoção e Protecção da Saúde Infantasma, está marcada para esta terça-feira, às 15:00h, no Departamento de Matemática da Universidade. Com o objectivo de «identificar crianças com doenças alérgicas, que pela sua patologia possam correr risco de vida» trata-se de um projecto que se desenrolará durante todo o ano lectivo 2007/2008.
São três as fases essenciais. Primeiro, os alunos serão identificados num inquérito realizado aos encarregados de educação, onde se detectam os casos de alergia. Segue-se a fase do «aprofundamento das causas, através de consultas e testes gratuitos; e finalmente, a vertente pedagógica, através de workshops e formação administrada a todos os elementos da comunidade educativa (pais, professores, estagiárias, alunos e funcionários). Nesta última fase, a Infantasma oferece às escolas um kit, composto pelos medicamentos necessários a administrar em caso de choque anafiláctico». |