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Premiada pela valorização de escórias
2007/11/15

Ana Sofia Ribeiro, aluna finalista do curso de Engenharia Cerâmica e do Vidro da Universidade de Aveiro, foi premiada pela Sociedade Portuguesa de Materiais, pelo trabalho sobre «Valorização das escórias da Celulose do Caima por técnicas de vitrificação».

A SPM distinguiu a investigação realizada como o melhor trabalho na área da Ciência e Engenharia de Materiais apresentado por estudantes finalistas dos Cursos de Licenciatura das áreas de Ciências e Engenharia, no ano lectivo 2006-2007.

A aluna conseguiu obter um material com «propriedades térmicas idênticas à de outros materiais obtidos por vitrificação de resíduos e tem potencialidades para ser submetido a tratamentos térmicos posteriores que conduzam à obtenção de materiais estruturais com aplicação na construção civil tais como revestimento e pavimento».

A aluna «testou uma nova forma de valorizar este tipo de resíduos, através da vitrificação de escórias».Segundo comunicado da UA, «depois da recolha de escórias provenientes do leito da caldeira de biomassa da Celulose do Caima, indústria produtora de papel situada em Constância-Sul que origina cerca de 70 toneladas de escórias por mês estas foram caracterizadas física, química, mineralógica e termicamente, sendo notório o seu elevado teor em SiO2 (> 81%) e o reduzido tamanho médio de partículas (entre 0,06 e 53 μm). Para favorecer a formação de um fundido com viscosidade adequada ao vazamento utilizou-se Na2O, como agente fundente, proveniente da soda Solvay. A mistura fundida a 1450 ºC deu origem a um vidro de cor verde, homogéneo e trabalhável».

«Um dos mais graves problemas ambientais com que se debatem actualmente os países civilizados está relacionado com a dificuldade de encontrar o destino certo para os resíduos industriais. Um exemplo destes resíduos são as escórias produzidas pelas caldeiras de biomassa, as quais são habitualmente reutilizadas em misturas com lamas para correctivo de solos, no enchimento de estradas, na inertização de lamas de etares ou são simplesmente depositadas em aterros. São estes resíduos, sem utilização ou indesejáveis pelo seu detentor, que podem apresentar potencialidades para valorização.»

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