A Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, Aveiro, nega ter enviado qualquer e-mail a anunciar a realização de uma assembleia de freguesia extraordinária e fez uma participação ao Ministério Público contra desconhecidos, a desmentir o envio o correio electrónico dirigido esta semana às redacções no qual discorda da construção de uma zona industrial em zona agrícola.

A «participação criminal contra incertos» já seguiu enquanto que a Câmara, com base no e-mail distribuído, considera estranho a atitude da Junta ao se posicionar contra a zona industrial, por haver um contacto entre as duas autarquias e em nenhum momento ter havido um sinal de posição contra o plano.

«Nenhuma preocupação sobre a Zona Industrial proposta nos foi transmitida pelo Sr. Presidente (da Junta de Freguesia», segundo comunicado da Câmara. Acrescenta ainda o comunicado que «o Arq. Manuel Vieira, presidente da Assembleia de Freguesia, faz parte integrante da equipa de trabalho, contratada pela Câmara Municipal, para elaboração do Plano de Urbanização. Como facilmente se pode depreender, a Zona Industrial que o Sr. Arquitecto contesta foi proposta pela equipa que ele próprio integra».

A 8 de Novembro de 2001, diz ainda o comunicado da autarquia, foi aprovada a «proposta de zonamento para a área do Plano, na qual consta a Zona Industrial, objecto da actual contestação», e em Outubro de 2002 «a proposta de desafectação de áreas da Reserva Agrícola Nacional foi aprovada pela Comissão Regional da Reserva Agrícola da Beira Litoral, na qual consta a desafectação das áreas de Reserva Agrícola incluídas na Zona Industrial em causa».