O presidente da Câmara de Aveiro, Élio Maia, apenas garantiu esta segunda-feira o acesso à água das embarcações do remo do Clube dos Galitos, mas não a garantia de novas instalações e o respectivo financiamento, no âmbito da nova urbanização a implementar na área da antiga Lota, e da execução do programa Polis.

O assunto foi colocado pela direcção daquele clube de Aveiro, no período da intervenção do público, na abertura da sessão de Setembro da Assembleia Municipal, cuja primeira reunião decorre em Aradas.

António Vieira Nunes, vice-presidente da direcção disse que «dentro de duas semans o clube não tem acesso á água», por via das obras que já decorrem na área.

Élio Maia respondeu que «o acesso à água estará sempre garantido», disse, depois de ouvir todas as bancadas, inclusive, da maioria, a pedir uma resposta do executivo que garantisse a manutenção das actividades do clube, com um palmarés relevante de conquistas nacionais e internacionais, não apenas naquela modalidade como noutras.

Contudo, o autarca não deu mais garantias. Além do acesso ao plano de água, o clube quer um pavilhão náutico e o financiamento, e instalações transitórias.

Élio Maia diz que a Câmara não é dona do terreno (a propriedade é da Administração do Porto de Aveiro, alterar o plano de urbanização pode demorar «6, 10, 12 anos», mas ressalvou que nos contactos com a APA e com potenciais investidores, a autarquia «coloca sempre três realidades, o Clube dos Galitos o ÀVela e o Clube de Caça e Pesca».

Quanto ao contrato programa entre o clube e a Câmara, por cumprir, Élio Maia, disse, algo perturbado, dando um murro na mesa, que «não basta querer, é preciso poder» e lembrou que as despesas mensais com as dívidas atingem 1,250 milhões de euros. Se não fosse isso, «acabavam-se com este problemas».