O presidente da Associação Industrial do Distrito de Aveiro (AIDA) está contra a construção de um novo aeroporto e contra o TGV.

Valdemar Coutinho, que tinha acabado de tomar posse para iniciar o quarto mandato, da presidência da direcção da AIDA, disse esta quarta-feira que o aeroporto da Portela «podia ter largos anos de vida». Além disso, defende a libertação do aeroporto Figo Maduro do uso militar.

No caso do TGV, está contra as várias ligações em estudo, como a de Aveiro a Salamanca mas concorda com a ligação de Lisboa à linha espanhola. Caso contrário «tem de haver um lobi altamente interessado…».

Recepção das candidaturas aos financiamentos comunitários do QREN Entre Julho e Agosto será aberta a recepção das candidaturas aos financiamentos comunitários do QREN-Quadro de Referência Estratégica Nacional, disse esta quarta-feira, o Secretário de Estado Adjunto da Indústria e Inovação, António José Castro Guerra, na cerimónia da tomada de posse.

Castro Guerra respondia a Valdemar Coutinho, que disse haver um «impasse» no processo de acesso a fundos comunitários, o que cria «incertezas nos investidores». Na actual situação, disse o dirigente da AIDA, não passam de linhas orientadoras». De resto, afirmou não há «medidas concretas». O QREN está com «atraso e mesmo com retroactivos de Janeiro não é suficiente para diminuir o impacto», segundo o líder da organização de empresários.

O discurso do secretário de Estado é de optimismo, além de acreditar na «nova geração de empresários mais qualificados». O QREN acontece numa fase de «ascensão do ciclo de investimento», disse.

O líder dos empresários de Aveiro criticou ainda o tratamento prestado pelo Estado às PME’s, disse que as micro, as pequenas e médias empresas «ficam esquecidas pelo Governo», mas o Secretário de Estado Adjunto disse que «terão acesso ao QREN representando a parcela maior da agenda da competitividade». Aliás disse que «a marginalização das PME seria o insucesso» das políticas.

Contudo, ressalvou que «os recursos não são para todos, daí a selectividade e a esmola pública sem massa crítica não tem sentido»

Valdemar Coutinho disse que a «máquina burocrática pouco a pouco vai sendo simplificada» mas também afirmou que o licenciamento industrial é «altamente moroso e dispendioso». O secretário de Estado adjunto respondeu que o licenciamento industrial «é mais complexo pela perigosidade» das unidades em causa enquanto que as empresas de classe 4, até 10 trabalhadores, têm licenciamento na hora e é a maioria, está resolvido»

A AIDA está instalada num dos distritos do Centro, que segundo António José Castro Guerra, não tem uma grande cabeça, é policêntrico, ninguém quer mandar em ninguém», mas Valdemar Coutinho disse antes que o distrito que a AIDA representa deve ser «líder».

No discurso da posse para o triénio 2007-2010, Valdemar Coutinho, disse que a associação deve ter maior representatividade, aproximar os serviços das necessidades das empresas, trabalho em rede e um centro de saber, parceria em grupos de trabalho, exemplificando com o Vouga Park, a participação na Aveiro Expo e as relações com a Universidade de Aveiro. A AIDA pretende ajudar à aproximação com as empresas, na procura de soluções ambientais e no capítulo social, no que respeita à produtividade, bem-estar, qualificação e motivação.