2007/03/22 Extinguir a empresa municipal do estádio custaria oito milhões de euros só com a devolução do IVA deduzido durante a construção do recinto, revelou o vereador Jorge Greno, noticia o Diário de Aveiro.
"O vereador Jorge Greno afastou a possibilidade de extinção da EMA, empresa municipal que gere o estádio. Extinguir a empresa custaria oito milhões de euros só com a devolução do IVA deduzido durante a construção do recinto, disse em entrevista ao programa «A Uma Só Voz», da Aveiro FM e do Diário de Aveiro.
De acordo com as actuais regras fiscais, o IVA deduzido tem «um prazo de maturação de 20 anos», o que significa que encerrar a EMA implicaria devolver ao Estado 80 por cento do valor desse imposto.
Esse cenário é rejeitado pelo autarca, que também preside ao Conselho de Administração da empresa. «Face à situação do município e da EMA, pagar oito milhões de euros para encerrar a empresa não é solução», salientou.
Noutras circunstâncias, a EMA «poderia perfeitamente ser extinta», o que faria com que o estádio fosse «gerido como um equipamento municipal como outro qualquer». Na entrevista, o vereador revelou que a EMA «não tem condições sequer de pagar os custos de manutenção» do recinto.
«O estádio foi pensado para tudo menos para dar lucro», avalia, salientando que a exploração de outras áreas de negócio só poderá ocorrer «na envolvente do estádio» após a aprovação de um plano de urbanização. «Poderá eventualmente haver alguma fonte de rentabilização para a EMA nalguns dos terrenos que dispõe», acrescentou, aludindo à construção de complexos habitacionais. Essas receitas poderão ajudar a pagar a dívida de cinco milhões de euros da empresa só relacionada com a construção do recinto, frisou. O autarca afirmou ainda que o protocolo com o Beira Mar terá de ser renegociado com base em valores mais baixos."
A entrevista pode ser ouvida hoje (19 horas) e domingo (9 horas) na Aveiro FM ou lida em resumo na edição de amanhã do Diário de Aveiro. Diário de Aveiro - artigo não disponível on line |