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Governo reforça aposta no Porto de Aveiro
2007/03/02

A Secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, reforçou esta quarta-feira o investimento da ligação ferroviária ao Porto de Aveiro como um dos «dois projectos que são decisivos para o aumento da competitividade global dos portos», como disse na sessão de abertura da conferência regional Europa/África da Associação Internacional de Portos, em Sines

Referiu-se àligação do Porto de Aveiro à rede ferroviária nacional, que «estará concluído em 2009, e que garante a ligação ao Pólo de Cacia da Plataforma Logística do Porto de Aveiro, bem como a ligação à linha da Beira Alta e, consequentemente, alargando o hinterland portuário à região de Castela e Leão».

Quanto à ferrovia no Porto de Sines fará uma ligação directa a Elvas/Badajoz, um novo corredor para mercadorias que estará concluído em 2012, e que será articulado com a ligação de Alta Velocidade até Madrid e com a Plataforma Logística transfronteiriça de
Elvas/Caia;

Fez referência às «transformações globais do sistema económico mundial e, em particular, das transformações com impactes específicos no sector dos transportes» das quais espera uma reconfiguração dos mercados ao nível dos «principais eixos de relacionamento comercial internacional, com incidência directa nos portos hub e indirecta nos portos com mais vocação para feeder».

Quanto às transformações no sector dos transportes, apontou para as
ideias-força, concretamente, a organização da distribuição das redes multinacionais de produção girando «cada vez mais em torno de plataformas logísticas, sendo a partir destas que são servidos um maior número de mercados, com localizações que maximizem a rentabilização, em termos de custos, qualidade e fiabilidade das diversas fases do processo de fabrico» e a maior «rapidez, segurança e protecção, fiabilidade dos tempos de entrega e da frequência dos serviços, de acordo com o conceito just in time, reduzindo ao mínimo o capital circulante e integrando o transporte no processo produtivo».

Ana Paula Vitorino apontou ainda para a «tendência para a concentração dos serviços de transporte num número limitado de companhias ou de consórcios dominantes nos mercados mundiais, as quais promovem a oferta de serviços globais através de cadeias de deslocação intermodais optimizadas, que assegurarão o transporte entre a origem e o destino final, ou seja, porta-a-porta; a utilização de novas tecnologias e a economia digital têm cada vez mais um papel catalizador da própria globalização, sendo o mundo cada vez mais visto como uma grande rede, que resulta dos progressos nas redes de processamento e transmissão, disponibilizando informação em qualquer localização em tempo real e constituindo-se como um factor essencial de competitividade; a construção ou desenvolvimento de um número limitado de grandes hubs portuários servindo hinterlands mais vastos, em que as actividades de transporte de escala mundial tenderão a ser concentradas em cada continente. É a partir destes hubs que se realizarão as funções de recolha e distribuição, em articulação com os modos de transporte terrestres; a continuação de um forte crescimento do transporte marítimo contentorizado, associado ao aumento da dimensão dos navios, em particular nas rotas com grande intensidade de tráfego. Destacam-se, neste particular, as rotas intra-asiática, a rota do Extremo Oriente com a Europa e os Estados Unidos da América e, em menor escala mas também importantes, as rotas Norte/Sul no Atlântico; a introdução de uma cada vez maior preocupação ambiental nos sistemas de transportes, implicando a progressiva internalização dos custos ambientais na formação dos preços, com perda de competitividade do modo rodoviário face aos modos mais eficientes do ponto de vista ambiental, o marítimo e o ferroviário, acrescendo a tendência para a adopção de medidas restritivas à circulação do transporte rodoviário, em especial nos países que constituem corredores de passagem dos grandes tráfegos europeus e o crescimento do transporte marítimo de curta distância e o surgimento de novos conceitos inovadores para o desenvolvimento de cadeias de transporte mais sustentáveis e amigas do ambiente, fundado na desburocratização dos processos e na info-estruturação da exploração portuária».

As acessibilidades rodo-ferroviárias associadas aos principais portos é um dos domínios fundamentais da política do Governo para o Sector Marítimo-Portuário. Outros dois são a melhoria das condições de navegabilidade ao longo da nossa costa e no acesso aos portos do lado do mar e uma intervenção «decisiva das condições de operacionalidade das unidades portuárias».

Está em curso, disse, «um ambicioso conjunto de investimentos que assegurará ligações directas e uma adequada articulação modal entre os principais portos, plataformas logísticas, aeroportos e centros de produção e de consumo» sendo decisivas as ligações das ferrovias aos portos de Aveiro e Sines.

E disse que «Estes projectos não são promessas, estão em curso e representam um investimento global de 842 milhões de euros, repartido pelos vários anos em que decorrem as intervenções». A expectativa é alta. «Após anos de expectativas, todos os principais portos portugueses ficarão com ligações ferroviárias adequadas».Trata-se da concretização do «Portugal Logístico, um projecto com uma ambição sem precedentes, e que permitirá dotar o País de uma Rede de Plataformas Logísticas, fomentando a intermodalidade e criando condições para aumentar o volume de cargas movimentadas nos portos nacionais».

As plataformas portuárias de Sines e Cacia (Aveiro) estão já em concretização, e em projecto a de Leixões e de Castanheira do Ribatejo e as restantes em fase de desenvolvimento pelos respectivos promotores ou potenciais interessados.

Quanto às condições de navegabilidade ao longo da costa e acesso aos portos destacou o projecto VTS (Vessel Traffic System) Costeiro, a concluir no final deste ano, representando um financiamrnto de mais de 100 milhões de euros . Entretanto, os novos Esquemas de Separação de Tráfego da ZEE, asseguram uma acrescida segurança em geral e, particularmente, no que respeita ao transporte de matérias perigosas.
Os benefícios da Janela Única Portuária permitirá a redução do tempo do despacho aduaneiro de 3 a 4 dias para 1 a 2 horas; a desmaterialização dos processos em cerca de 90%; e a rastreabilidade total das mercadorias com recurso ao tracing e tracking, elemento indispensável para consolidar a cadeia logística.

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