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Próxima década será de crescimento menor
2007/01/08

A população do concelho de Aveiro deverá continuar a aumentar até 2021. Prevê-se que, nessa data, o município acolha 87.117 habitantes, noticia o Diário de Aveiro.

«A década de 2011 a 2021 continuará a ser de crescimento populacional no concelho de Aveiro, no centro e freguesias envolventes, mas menor relativamente ao registado desde 1991, embora se tenha em conta apenas «modelos estáticos» que conduziram àquela projecção. A previsão é feita no capítulo referente às «Perspectivas Demográfica» incluído na Carta Educativa do Município de Aveiro.

A estimativa da evolução mostra uma tendência do aumento da população no concelho, e o cálculo das projecções demográficas, com dados do Instituto Nacional de Estatística, concluiu que, em 2011, a população atingirá 80.226 e, em 2021, 87.117, comparando com os 73.335 em 1991.

Na década de 1991 a 2001, segundo os números obtidos pelo censos, o aumento foi de 10,4 por cento, devendo baixar para 9,4 por cento de 2001 a 2011 e para 8,6 por cento entre 2011 e 2021. São apenas considerados os dados dos censos de 1991 e 2001, uma vez que «não existem dados demográficos dos anos anteriores para todas as freguesias (...), uma vez que surgiram duas novas freguesias posteriormente».

«Num quadro de crescimento populacional que o concelho tem verificado e pela análise prospectiva de população, aponta-se para uma tendência de continuidade de crescimento populacional, embora ligeiramente mais moderado, sendo que resulta de modelos estáticos que não consideram as dinâmicas externas», refere aquele capítulo da Carta Educativa.

O estudo tem em conta que «a dinâmica populacional é um sistema aberto, sujeito a modelos e potencialidades de desenvolvimento sócio-económico e urbanístico do concelho e região, e particularmente de movimentos emigratórios e imigratórios e de um crescimento natural da população, que dependerá do número de nascimentos e óbitos ocorridos». Além disso, a evolução populacional despende cada vez mais das alterações das conjecturas sócio-económicas do país e das dinâmicas e estratégias municipais e não tanto e só, de métodos de cálculo que reflectem comportamentos demográficos anteriores.

Ressalva que «uma análise prospectiva de população deve ser encarada apenas como um domínio de previsão apoiado num contexto de métodos que se sustentam numa técnica que assume a realidade como modelos estáticos incapazes de introduzir os factores e dinâmicas externas cada vez mais fortes e imprevisíveis». Há influências «de comportamentos e tendências comuns ao nível nacional e mesmo europeus, como sejam, a redução da taxa de natalidade e um progressivo envelhecimento geral da população e especificidades territoriais que apontam e determinam os modelos de desenvolvimento económico-social».

O estudo refere que há uma «tendência para manter um crescimento populacional positivo resultado da sua forte atracção, enquanto cidade de referência com elevados índices de oferta de serviços de qualidade e por consequência de qualidade de vida». A população residente no concelho de Aveiro atingiu os 73.335 (Censos 2001), mais 10 por cento do que em 1991, o dobro do aumento verificado no país, que passou de 9.867.147 para 10.356.117.

Índice de juventude superior ao de envelhecimento O concelho está a envelhecer - «há um significativo envelhecimento da população pelo peso do grupo etário com 65 ou mais anos» - mas há dados positivos. Segundo o estudo, «apesar disso, o concelho apresenta-se ainda bastante jovem, sendo que apesar de ter reduzido o índice de juventude, é ainda superior ao índice de envelhecimento». «Ressalta ainda que, em 2001, cerca de 30 por cento da população tem idade inferior a 24 anos, pelo que apresenta um potencial de crescimento significativo», acrescenta-se.

O concelho registou um crescimento negativo, entre 1991 e 2001, nas faixas dos 0 aos 14 (de 12 por cento) e dos 15 aos 24 anos (de quatro por cento), aumentando entre os 25 e 64 anos (17 por cento) e entre os 65 ou mais anos (40 por cento).

As freguesias de Aradas, Eirol, Glória, Nariz, Oliveirinha e Vera Cruz são as que apresentam uma proporção da população idosa superior à população mais jovem entre os 0 e 14 anos. As de Cacia, Eixo, Esgueira, Requeixo, S. Bernardo, S. Jacinto, Santa Joana e Nossa Senhora de Fátima apresentam uma porção da população jovem superior à população idosa.

A freguesia que mais cresceu em população foi a de Eixo (40,1 por cento), que passou de 3.749 pessoas em 1991 para 5.243, seguido de S. Bernardo (23,1 por cento), de 3.314 para 4079, e Eirol (23 por cento), de 635 para 781. A freguesia da Vera Cruz tinha uma população de 7.059 pessoas e em 2001 passou para 8.652.

(...)

Os grupos acima dos seis mil habitantes estão nas freguesias de Aradas, Esgueira, Glória, Vera Cruz e Santa Joana; abaixo dos dois mil estão Eirol, Nariz, Requeixo, S. Jacinto e Nossa Senhora de Fátima; entre os quatro mil e os seis mil estão S. Bernardo, Eixo e Oliveirinha.
Em todo o concelho, a tendência é de crescimento, aumentando 10,2 por cento em 1981 e 1991 e 10,4 por cento entre 1991 e 2001.

A cidade concentra 40 por cento nas freguesias da Glória, Vera Cruz e Esgueira e 36 por cento em Aradas, S. Bernardo, Santa Joana e Eixo. Os Censos de 2001, comparando com o de 1991, registaram aumentos de 7,3 por cento em Cacia, 12,2 por cento em Esgueira, 8,9 por cento na Glória, 13,5 em Nariz, 12 por cento em Oliveirinha, 0,9 em Requeixo, 3,4 em S. Jacinto, 6,3 em Santa Joana e 3,4 em Nossa Senhora de Fátima.

«Grande centralidade» Na caracterização Demográfica e Sócio Económica, o concelho é contextualizado numa «Região Alargada», embora não especifique do que se trata. De qualquer forma, encontra-se numa «posição geo-estratágica ímpar, de grande centralidade em relação ao país e de excelente enquadramento natural proporcionado pela Ria de Aveiro».

Aveiro tem «excelentes e diversificadas formas de acessibilidades» e «fortes dinâmicas», que se verifica pela «construção e projectos de grandes infraestruturas e dinâmica urbanística» e por estas razões tem uma «localização e posição privilegiada em relação a outros centros o que perspectiva um forte grau de tracção e de desenvolvimento do concelho que poderá orientar para um aumento mais acelerado do crescimento populacional».

Para isso conta com «um bom nível de oferta de equipamentos», considerada uma «exigência para o acompanhamento da satisfação das novas necessidades da sociedade actual, como fundamental para a evolução do posicionamento de Aveiro no contexto da rede urbana nacional e em particular na região Centro, numa lógica de promoção e competitividade urbana e de melhoria da qualidade de vida dos seus cidadãos».

Houve ainda «importantes mudanças no sector económico, associado à decadência de alguns sectores tradicionais, em alternativa ao desenvolvimento de novas frentes de produção». Aveiro encontra-se em «terciarização crescente» - 63 por cento da população activa - e um «elevado grau de exigência de uma sociedade e economia contemporâneas, assumindo um papel fundamental de suporte logístico e de estruturação dos sistemas económicos na sua vasta área de influência». Os sector primário ocupa 2 por cento (censos 2001), ocupava 5 por cento em 1991 e o sector secundário 35 por cento, e 37 por cento em 1991. (...)

(Diário de Aveiro) notícia não disponível on line

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