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Obras no Museu: Primeira fase até ao Verão de 2007
2006/10/23

As obras no Museu de Aveiro são bem visíveis na ala do edifício virada para a Rua Príncipe Perfeito. Nas escavações efectuadas para a implantação do novo imóvel surgiram alguns vestígios arqueológicos, de origem posterior à construção do antigo convento, noticia o Diário de Aveiro.

«O Museu de Aveiro está a passar por uma fase do obras que irão alterar profundamente parte da ala do edifício virada para a Rua Príncipe Perfeito, incluindo a construção de um imóvel no espaço onde existiu o parque infantil, o qual irá acolher, entre outros serviços, as galerias para exposições temporárias. Foi precisamente na escavação do terreno para a implantação deste novo edifício que surgiram os referidos vestígios arqueológicos.

Sobre os trabalhos em curso, a directora do Museu de Aveiro, Ana Margarida Ferreira, realça que «está a ser construído um novo edifício e está a ser remodelado o existente. Por enquanto, só uma parte do existente, porque, apesar das obras, mantemos aberto ao público o circuito de visita de toda a parte monumental».

A ala do edifício virada para a Rua Príncipe Perfeito encontra-se já sem telhados, ao mesmo tempo que prosseguem os trabalhos no seu interior, obra que «não implica uma diminuição das cércias, mas somente um ligeiro ajuste das coberturas. Da fachada, também desaparecem as aberturas do piso superior.

Com isso, teremos menos uma área expositiva, a qual havia sido acrescentada na remodelação do edifício ocorrida no século XX. Isso permite-nos racionalizar o circuito do próprio museu, não só o circuito de visita mas também o circuito de serviços internos», sublinha Ana Margarida Ferreira.

A par das obras no edifício existente, o projecto de remodelação do Museu de Aveiro, da autoria do arquitecto Alcino Soutinho, prevê a construção de um novo imóvel, na área do antigo parque infantil (esquina das ruas Príncipe Perfeito e Batalhão de Caçadores Dez). A escavação do espaço para a implantação deste edifício está praticamente concluída, e está a começar a fase de engenharia para o início da sua implantação no terreno.

A conclusão desta fase das obras, incluindo o novo edifício, deverá ocorrer «o mais rápido possível, porque precisamos bastante desse espaço para albergar as colecções, de modo a podermos prosseguir com a obra no edifício monumental. Mas estas empreitadas têm os seus ritmos próprios e não podemos saltar etapas. Mas será durante o próximo ano, esperamos que antes do Verão», é a esperança manifestada pela responsável do museu.

Depois os trabalhos passarão para o edifício histórico e monumental, os quais implicarão «operações muito mais complexas, porque teremos uma obra de construção civil convencional e, ao mesmo tempo, iremos ter muitas obras de conservação e restauro do monumento, o que se torna a obra mais complexa e, possivelmente, até mais morosa.

Mas essa obra é necessária, porque o edifício tinha-se degradado bastante, os visitantes já não tinham conforto neste museu e os próprios funcionários também estavam a sofrer cada vez mais com a humidade e falta de condições do edifício».

Com as obras a decorrerem na referida ala do edifício, Ana Margarida Ferreira reconhece que «foi necessário desmontar as reservas e concentrar as colecções num espaço muito exíguo, pelo que foi preciso aproveitar todos os espaços livres e disponíveis para acolher essas peças, as quais estão devidamente acondicionadas, algumas à espera de serem restauradas e outras somente enquanto aguardam pelo seu lugar definitivo».

Vestígios arqueológicos posteriores à construção do convento A área escavada para acolher o novo edifício, tal como o edifício do antigo convento agora ocupado pelo museu, localizava-se dentro da zona da antiga vila muralhada de Aveiro. No entanto, esse espaço exterior do edifício foi posteriormente ocupado por construções diversas, algumas das quais ainda aí permaneciam em meados do século vinte.

Isso explica o facto dos achados arqueológicos agora encontrados serem relativamente recentes, se comparados com os vestígios arqueológicos encontrados nas recentes escavações realizadas no interior do edifício, em que foram achados objectos e restos de construções anteriores à edificação do antigo convento, e que remontam ao século XV.

A Directora do Museu sublinha que «na maior parte do terreno não apareceu qualquer vestígio arqueológico. De facto, só nos apareceram vestígios arqueológicos numa faixa pequena, com cerca de duzentos metros quadrados, no limite do edifício. Essa área arqueológica foi escavada integralmente, devidamente documentada e desmontada para dar lugar ao novo edifício. Não eram vestígios medievais. Os materiais encontrados ainda estão em estudo, tal como os registos gráficos e fotográficos. Ainda durante as escavações percebemos logo que não estávamos na presença de extractos medievais».

Ana Margarida Ferreira refere que «mesmo na parte que podia ter alguma relação com os vestígios do século XV encontrados nas escavações efectuadas no interior do museu, que era a parte exterior contígua a essa zona do edifício, não foram encontrados quaisquer materiais arqueológicos.» (Diário de Aveiro)

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