Hora de almoço de terça-feira. Supostamente aproveitada para comer. - mas não como. Prefiri dormir. Subo ao quarto, a consciência obriga-me a arrumá-lo antes de deitar-me, e nisto, perco a pica. Insisto porque as sonecas até estão na moda, saco do cd para "meditar"... mas hoje a voz do homem não me soa...bem... de todo.

Ok! Toca a levantar, a ser normal... e já agora porque não - a almoçar!...(e para quem não tinha fome, a salada russa do jantar de ontem sabe-me agora pela vida...) e já que estou numa de ser normal, ligo a televisão. Ela já sabe que não lhe dedico muito amor, mas se me fizer a vontade, até lhe dou o seu tempo de antena...do tipo: levas-me até ao Quenia, ou numa sonda até Marte, para eu suspirar de amor no espaço pelo meu belo planeta mal amado... quando não - desligo-te!!!

E estou eu nisto, ou seja, a lutar entre o comando e as azeitonas, quando deparo com o sr. 8 mile, a abanar o rabo perante uma multidão de jovens de olhos brilhantes e rostos literalmente rasgados de sorrisos.

Alguma coisa devia estar a acontecer ali, porque parei. O artista em êxtase porque se sentia reconhecido. da outra parte a consciencia colectiva daquele grupo, que partilhava as mesmas convicçoes Alegrei-me.

Por mim e por aqueles miúdos que me lembraram de como é bom estar, quando não estamos acomodados...ou será enfadados?

Não comi, não dormi - e fui-me embora.

Maria