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Ainda bem
2005-8-9

Ainda bem que é só às vezes que as temperaturas sobem muito em Portugal porque se houvesse mais dias assim, a floresta já era inexistente. Antes de mostrar esta conclusão, ainda a transmiti a uma pessoa que discordou logo..

Disse que se o país tivesse um clima com temperaturas superiores, teria havido uma «adaptação». Pois, pois. Se assim fosse teríamos um grande país que a qualquer problema que se arrastassse no tempo seria anulado porque o país soube «adaptar-se»...

Outra peça a juntar para ajudar a pensar nisto é um artigo de José Gomes Ferreira, O Sub-director de Informação da SIC, diz existir uma «verdadeira indústria dos incêndios em Portugal». Várias denúncia foram feitas sobre a origem dos fogos. O Governo, o actual e outros, são apontados como grandes responsáveis mas não se ouve um ministro a reagir. Quando se denúncia que o Estado tem meios mas aluga os aviões e helicópteros e o Governo não responde, algo está mal.

O combate aos incêndios parece estar assim, no início, porque se abre a «época de fogos» como se abrem épocas de caça. Também acontece que quando é eleito um novo Governo, o plano muda e o que o Governo anterior fez está sempre mal. Como um novo ministro que muda a decoração do gabinete quando entra para o Governo.

O país parece não ser bem governado ou os portugueses não tem sentimento de preservação das coisas. No caso das floresta e noutros aspectos. Pede-se para poupar água e poupam sempre só os mesmos ou as medidas não passam de anúncios que não são seguidos. Há grupos que apresentam formas de ver as coisas tão estranhas. O país está sem chuva há meses mas conheço gente que lamentariam se chovesse, porque se encontra de férias.

Parece incrível como ainda se ensina como poupar água. Que enquanto lava os dentes deve fechar a torneira, e por aí...

Mas há portugueses com super-visão. A água do mar de uma praia pode estar contaminada mas questionados sobre a segurança num mergulho, como não vêem os micro-organismos – vêem-na limpinha e transparente - atiram-se de cabeça, sem medos.

João Peixinho

Notícia disponível em http://www.oln.pt