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DesportoAveiro
Dar a volta à Marina
2006-11-15

Dar a volta à marina, conseguir fazer aprovar o projecto da Marina da Barra, travado por razões ambientais durante o Governo do PSD, pode ser uma questão de estratégia.

Olhando melhor para o que tem defendido a Administração do Porto de Aveiro, que concessiona a marina, no capítulo do turismo, podia ser usado para forçar a aprovação do projecto com maior facilidade do que insistir sem acrescentar qualquer novidade em relação ao projecto anterior, chumbado. Sem grande choque público, mas com naturalidade, a marina pode ser uma inevitabilidade, ou melhor, uma necessidade de a construir.

A administração portuária tem apresentado uma aposta no turismo de recepção de navios de cruzeiro. A marina pode não receber navios de cruzeiro, o estuário pode não ter canal suficiente para a passagem dos navios mas se a administração portuária ganhar o mercado dos cruzeiros reunirá argumentos suficientes para reclamar a construção de uma marina, dada a pertinência.

Pelo menos, criará a necessidade de construir um cais adequado para os cruzeiros ou a realização de obras de requalificação. Terá de mudar muito a zona de acostagem para que a recepção dos turistas tenha uma porta de entrada diferente da que se apresenta agora. Para quem sai de um dos cais, à excepção do Terminal Sul, a imagem de quem chega e procura imagens deixa muito a desejar. O aspecto das imediações para os que saem do navio e olham em volta é desanimador. Na generalidade, as zonas de circulação nas imediações dos cais têm mau aspecto.

De qualquer forma, se o objectivo for conseguido, com os cruzeiros a pararrem em número relevante, o porto passará a ser mais atractivo e os agentes locis mais exigentes para o investimento náutico, que o presidente da Região de Turismo da Rota da Luz , Pedro Silva, tem dito que é um mercado de grande potencialidade a explorar.

Pedro Silva defende a construção de uma marina. Contudo, os interessados e dispostos a investir fazem depender a construção da agregação de um projecto de exploração imobiliária que é a parte que tem merecido a contestação pública e, no aspecto ambiental, conduziu ao despacho negativo do Secretário de Estado da altura, que chumbou o projecto.

Se forem muitos cruzeiros a passar por Aveiro, poderá chegar o momento em que será anunciada a necessidade da autorização do investimento na marina devido a um novo polo criado. Até se poderá dizer que ou se investe na marina ou perdemos muito. Depois escolham.

João Peixinho

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