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DIÁRIO DE MARIA - A VIDA DE MARIA EM CONSTRUÇÃO
2004-1-23

DIÁRIO DE MARIA

Tenho partilhado convosco um pouco da minha vida.
E como a vida de um homem, é a história de toda a humanidade, a minha história é a vossa história, e ao fim e ao cabo, passamos todos, mais tarde ou mais cedo, pelo mesmo trilho do caminho. Porque a verdadeira estrada é a mãe de todas as estradas, e todos os caminhos vão dar a Roma...
Digo um pouco, porque contar-vos na íntegra todos os pormenores seria catastrófico para mim. Acreditem se quiserem, eu cá é que não me posso deixar enganar. Ainda assim, hoje darei voz e vez, àquela parcela de nós que é criança e acredita e escreve cartas de amor...

E já dizia o poeta que "todas as cartas de amor são ridículas. Nem seriam cartas de amor se não fossem ridículas..." e depois remata: "...Afinal, só quem nunca escreveu cartas de amor é que é, de facto - ridículo.."
E eu, "que trago em mim todos os sentimentos do mundo", também tenho uma carta de amor. Provavelmente ridícula. Talvez por isso mesmo não chegue nunca ao seu destinatário, mas o tributo ao amor será feito aqui, de maneira mais ou menos ridícula, sob a carapaça da timidez.

Conheces-te uma mulher de braços abertos, levantados ao céu.
E de pés descalços.
O mundo amou-nos muitíssimo, por isso nos juntou.
E não cheguei ao pé de ti sôfrega, expectante, febril.
Não foram os olhos vidrados, de quem se quer embriagar de vida que te miraram,
Nem o jovem coração que tem ganas de comer o mundo, sem perceber o processo da digestão.
Os meus dentes, de tanto mastigar, tinham-se convertido em autênticos pilares, e o meu coração, passadas as provas da ilusão,
emergia vitorioso, brilhante, como uma tocha eterna.
Sim, também eu me embebedei de vida, e corri nos Abismo e lutei com Gigantes! Também eu
sei o que é uma ressaca, mas não de heroína, como é habitual, mas da outra , a que não é física, por isso não existem doutores  e programas e químicos que lhe possam valer. Vi a minha ressaca absolvida á custa da penitencia. Da verdadeira. Aquela que é Professora preocupada em ensinar e em fazer-se entender. Suei em bica pelo coração abaixo, destilei tudo pelos olhos -
e nasci outra vez.
É esse olhar, posterior, consciente e sereno que te avista.
Poderás olhar-me dentro dos olhos sem te perderes?
Aquela que te observa  conhece muito bem o mundo. Tem conhecimento de todas as dores - em todos os tempos, e, com eles, resolve os enigmas e os mistérios do amor e da esperança.
Eu sabia da existência do Jardim. Também eu habitara nele. E a minha felicidade seria maior, se todos pudessem ver os seus belos Pórticos Doirados, brilhantes -  
Abertos!!
Sai do Jardim, é certo, mas somente para calar a dor e cantar a boa nova aos irmãos muito amados, de que finalmente os Portões foram abertos, podemos entrar, podemos entrar!
E, se calhar foi, por conhecer tão bem o caminho, que não me dei conta do momento em que pegas-te, gentil, na minha mão, e cruzas-te os seus portões a meu lado.
E aquela que pensava ser a Mensageira, tornou-se na própria Mensagem.
E quando acreditei ser a Grande Mãe,  fui a Noiva Cheia de Graça.
E o círculo, finalmente, fechou-se.
A grande curva foi dada.
Encontrei o ponto de partida e a minha alma estalou - partiu-se, elevou-se, fez ricochete misturou-se na terra, no ar, no fogo e fez-se Agua, Ágape e Akasa Ardente, adaptando-se tanto ao Céu como á Terra, ser deixar de ser o que É.
E, de repente, como um vento que sopra desde o passado eu ouvi o som, do que eu julgava ser uma lenda.
A música das esferas existe.
É um som inigualável
Mais que um som, é cor! Esta viva!
É o segredo, é o segredo!
E quem o poderá compreender?! -
ELOHYM
 
Maria

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